quinta-feira, novembro 19, 2009

O Palmeiras reclama demais

Para grande parte da imprensa, o campeonato brasileiro já estava decidido há uns dois meses. O Palmeiras seria o campeão e o Fluminense seria rebaixado. A coisa mudou. Hoje, faltando três rodadas para o fim, ainda não se pode apontar um vencedor. O “Verdão” perdeu a cabeça de vez e a cada dia se distancia mais e mais da briga pelo título. Além dos problemas com o time que não joga bem, existe também um sério descontrole emocional. Os dirigentes reclamam de tudo. A última foi sobre o jogo entre Flamengo e Goiás no próximo domingo.

O problema é o seguinte: Dia 29 de novembro, em São Paulo, jogariam Corinthians e Flamengo e Palmeiras e Atlético-MG. A polícia militar solicitou à CBF a transferência do jogo entre Corinthians e Flamengo para o interior do estado, alegando que não poderiam ser realizados dois jogos com times rivais na mesma hora na cidade. Os palmeirenses pedem que o mesmo aconteça no Rio de Janeiro, pois, neste fim de semana, jogam no Maracanã Flamengo e Goiás, e no Engenhão jogam Botafogo e São Paulo.

É muito cômodo julgar, mas a diretoria do Palmeiras esquece um detalhe importantíssimo. O problema não é a realização de dois jogos na mesma cidade e na mesma hora. O problema é a violência existente entre as torcidas rivais, problema que, felizmente, no Rio de Janeiro não existe, ou pelo menos, não existe nas mesmas proporções que em São Paulo.

Sendo assim, antes de reclamar da realização desses dois jogos ao mesmo tempo no Rio, a diretoria palmeirense deveria olhar para a sua própria torcida e tentar fazer um trabalho para acalmar os ânimos seus dos torcedores.

O Flamengo e o Botafogo não merecem pagar pela violência existente nos estádios de São Paulo.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Erro de digitação

Ao ler o site Globo.com, encontrei uma notinha interessante: “Adriana receita humildade contra Náutico”. Mas quem seria essa Adriana que dispensa até sobrenome? Seria a Galisteu? A Bombom?

Na verdade, foi apenas um erro de digitação, corrigido logo em seguida pela equipe do Globo.com.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Vá de ônibus

Nos últimos dias, resolvi mudar um pouco na volta pra casa. Deixei de lado os túneis escuros e os vagões do metrô e passei a voltar de ônibus pra casa. A mudança está me fazendo bem, afinal, depois de um dia de trabalho árduo, prefiro voltar pra casa apreciando o Pão de Açúcar a voltar pra casa nas galerias escuras do metrô. Tenho feito isso desde a última sexta-feira. Excelente.

Hoje lembrei de uma palestra que assisti outro dia desses. O palestrante falou, entre outras coisas, do site www.vadeonibus.com.br. Uma ferramenta excelente para quem, assim como eu, não está familiarizado com os números das linhas de ônibus no Rio.

terça-feira, novembro 10, 2009

Dificuldades para encontrar imóveis no Rio de Janeiro

Encontrar um imóvel no Rio tem sido a minha maior preocupação desde que cheguei à cidade. Até mesmo o medo da violência já deu lugar ao pavor de não encontrar um lugar legal para morar. Primeiro consegui encontrar um apartamento “de temporada” em Copacabana.

Para quem não sabe, os apartamentos de “de temporada” já possuem móveis, talheres, eletrodomésticos etc. Além disso, eles são mais caros. A vantagem é que a burocracia para alugar esses apartamentos é menor.

Infelizmente, os apartamentos no Rio estão supervalorizados. Principalmente os da Zona Sul. Apartamentos de um quarto em Copacabana não saem por menos de R$1000. Na verdade, está difícil achar apartamento por menos de R$1000, seja ele em qualquer parte da cidade.

A procura por imóveis na cidade maravilhosa é tão grande que os profissionais da área já tratam os clientes com desdém. O atendimento é péssimo e a falta de vontade dos atendentes é de dar raiva. A burocracia também é um grande entrave. Na maioria dos casos, essas imobiliárias pedem fiador ou seguro fiança da empresa Porto Seguro. A outra possibilidade seriam as chamadas “cartas fiança”, mas, infelizmente, é difícil achar uma imobiliária que aceite, mesmo que esta “carta fiança” seja emitida pelas maiores empresas do país. As imobiliárias preferem “trabalhar” com as seguradoras. Deve ser maios uma forma de eles ganharem dinheiro. Fazer o que não é?

A importância do convencimento

Essa manhã, como em todas as manhãs, li as notícias de Sergipe no portal Infonet. Mais uma vez, me deparei com uma matéria sobre as retaliações sofridas pela passageira da GOL que deu o maior “pitti” no Aeroporto de Aracaju. A médica registrou queixa por estar sofrendo ameaças. Segundo a matéria, a médica e o marido estariam sendo apontados em locais públicos e recebendo ameaças por telefone.

Particularmente, achei muito ridículo o que aconteceu, achei a atitude da médica arrogante e prepotente. Mas isso, na verdade, nem vem ao caso. O que quero dizer é que independente de qualquer coisa, a situação não está sendo bem gerenciada. A médica só falou através de terceiros. Ou através do advogado ou através do marido. Esse distanciamento não ajuda nada. Não estou aqui cobrando uma atitude ou uma retratação. Cada um é cada um e resolve seus problemas da forma que preferir. Mas na minha humilde opinião, se a médica não enfrentar isso tudo, a situação vai demorar mais tempo para ser esquecida. Faltou convencimento.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Passageira da Gol em Aracaju, Aluna da Uniban e Calor Infernal no Rio de Janeiro

O dia ontem foi bem quente aqui no Rio de Janeiro e hoje deve ir pelo mesmo caminho. A foto ao lado foi tirada por uma das minhas colegas de trabalho e dispensa quaisquer comentários.

Bom, deixando de lado as reclamações a respeito da temperatura, vamos falar um pouco sobre algumas coisas que aconteceram nesses últimos dias. Primeiro a aluna da UNIBAN, hostilizada pelos colegas de faculdade. Sinceramente, quanta palhaçada. A aluna nem estava com um vestido tão curto. E ainda teve colega dela dizendo que “as roupas dizem quem você é”. Uma das coisas mais ridículas que já vi. Quanto preconceito.

E por falar em preconceito, direto da minha cidade natal, Aracaju, uma médica recém formada resolveu dar um “piti” no guichê da Cia aérea GOL no setor de embarque do Aeroporto Internacional Santa Maria.

Alguém estava lá e filmou o tumulto. A médica gritava reclamando que chegara ao aeroporto 15 minutos antes do vôo e o funcionário não permitira a sua entrada. Todo mundo sabe da recomendação de chegar 1 hora antes do vôo. Não tem motivos para reclamar. Muito menos para chegar ao ponto que chegou. A médica usou expressões preconceituosas e chamou o funcionário de “morto de fome”. Depois, com medo de um belo processo e assustada com a enorme repercussão do caso, ela divulgou um comunicado na rede que saiu pior que a encomenda.

Dá pra entender que em situações extremas a raiva nos faz tomar atitudes extremas. Daria pra entender se a médica tivesse xingado o funcionário, daria pra entender, até mesmo, se ela tivesse xingado a mãe do funcionário. O que não da pra aceitar é essa arrogância, essa idéia de achar que a maior ofensa é a demonstração de uma diferença de classe social. Isso é ridículo. É por essas e outras que a violência aumenta a cada dia.

Já existe um enorme abismo social na sociedade. As marcas famosas existem como forma de diferenciar as pessoas. É uma forma de rotular a sociedade dando a possibilidade de “comprar” um status. No fundo, isso não passa de um simples “eu tenho e você não tem”. Assim agiu a médica, tentando demonstrar que está num patamar superior ao dizer que o funcionário não tem dinheiro para comprar feijão, ao chamá-lo de analfabeto. O outro comentário que demonstrou o conformismo com a impunidade foi o famoso “me prenda”. Esse foi o clássico comentário de alguém que acredita na impunidade, acredita que nada acontecerá, afinal, além de considerar-se superior, a médica sabia que nas CNTPs, nada demais aconteceria. Felizmente, a Internet consegue ampliar a visibilidade dos fatos. Em alguns casos, a repercussão ajuda na resolução dos problemas.

Pelo que pude reparar, a Televisão está agindo com muita cautela. Espero que esse cuidado de chamar a médica de suspeita se estenda a pessoas de quaisquer classes sociais.