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terça-feira, novembro 10, 2009

A importância do convencimento

Essa manhã, como em todas as manhãs, li as notícias de Sergipe no portal Infonet. Mais uma vez, me deparei com uma matéria sobre as retaliações sofridas pela passageira da GOL que deu o maior “pitti” no Aeroporto de Aracaju. A médica registrou queixa por estar sofrendo ameaças. Segundo a matéria, a médica e o marido estariam sendo apontados em locais públicos e recebendo ameaças por telefone.

Particularmente, achei muito ridículo o que aconteceu, achei a atitude da médica arrogante e prepotente. Mas isso, na verdade, nem vem ao caso. O que quero dizer é que independente de qualquer coisa, a situação não está sendo bem gerenciada. A médica só falou através de terceiros. Ou através do advogado ou através do marido. Esse distanciamento não ajuda nada. Não estou aqui cobrando uma atitude ou uma retratação. Cada um é cada um e resolve seus problemas da forma que preferir. Mas na minha humilde opinião, se a médica não enfrentar isso tudo, a situação vai demorar mais tempo para ser esquecida. Faltou convencimento.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Passageira da Gol em Aracaju, Aluna da Uniban e Calor Infernal no Rio de Janeiro

O dia ontem foi bem quente aqui no Rio de Janeiro e hoje deve ir pelo mesmo caminho. A foto ao lado foi tirada por uma das minhas colegas de trabalho e dispensa quaisquer comentários.

Bom, deixando de lado as reclamações a respeito da temperatura, vamos falar um pouco sobre algumas coisas que aconteceram nesses últimos dias. Primeiro a aluna da UNIBAN, hostilizada pelos colegas de faculdade. Sinceramente, quanta palhaçada. A aluna nem estava com um vestido tão curto. E ainda teve colega dela dizendo que “as roupas dizem quem você é”. Uma das coisas mais ridículas que já vi. Quanto preconceito.

E por falar em preconceito, direto da minha cidade natal, Aracaju, uma médica recém formada resolveu dar um “piti” no guichê da Cia aérea GOL no setor de embarque do Aeroporto Internacional Santa Maria.

Alguém estava lá e filmou o tumulto. A médica gritava reclamando que chegara ao aeroporto 15 minutos antes do vôo e o funcionário não permitira a sua entrada. Todo mundo sabe da recomendação de chegar 1 hora antes do vôo. Não tem motivos para reclamar. Muito menos para chegar ao ponto que chegou. A médica usou expressões preconceituosas e chamou o funcionário de “morto de fome”. Depois, com medo de um belo processo e assustada com a enorme repercussão do caso, ela divulgou um comunicado na rede que saiu pior que a encomenda.

Dá pra entender que em situações extremas a raiva nos faz tomar atitudes extremas. Daria pra entender se a médica tivesse xingado o funcionário, daria pra entender, até mesmo, se ela tivesse xingado a mãe do funcionário. O que não da pra aceitar é essa arrogância, essa idéia de achar que a maior ofensa é a demonstração de uma diferença de classe social. Isso é ridículo. É por essas e outras que a violência aumenta a cada dia.

Já existe um enorme abismo social na sociedade. As marcas famosas existem como forma de diferenciar as pessoas. É uma forma de rotular a sociedade dando a possibilidade de “comprar” um status. No fundo, isso não passa de um simples “eu tenho e você não tem”. Assim agiu a médica, tentando demonstrar que está num patamar superior ao dizer que o funcionário não tem dinheiro para comprar feijão, ao chamá-lo de analfabeto. O outro comentário que demonstrou o conformismo com a impunidade foi o famoso “me prenda”. Esse foi o clássico comentário de alguém que acredita na impunidade, acredita que nada acontecerá, afinal, além de considerar-se superior, a médica sabia que nas CNTPs, nada demais aconteceria. Felizmente, a Internet consegue ampliar a visibilidade dos fatos. Em alguns casos, a repercussão ajuda na resolução dos problemas.

Pelo que pude reparar, a Televisão está agindo com muita cautela. Espero que esse cuidado de chamar a médica de suspeita se estenda a pessoas de quaisquer classes sociais.