domingo, maio 18, 2008

Diferença de preço

Tudo bem que o governo precise dar proteção às empresas nacionais, mas quando vemos a diferença nos preços das coisas em outros locais ao redor do mundo dá uma sensação de revolta que não tem mais tamanho. Só para se ter idéia, vamos a alguns exemplos.

MP3 Players:

Produto: iPod Shuffle 1Gb Purple
Website: www.walmart.com
Preço: U$ 48,72

Produto: iPod Shuffle 1Gb Purple
Website: www.submarino.com.br
Preço: R$ 199

Produto: iPod touch 16GB, Black
Website: www.walmart.com
Preço: U$ 377,88

Produto: iPod Touch 8 GB – Apple
Website: www.submarino.com.br
Preço: R$ 1099,00
(Obs.: O ipod com o dobro da capacidade não custa nem a metade do preço lá no WalMart)

Produto: iPod Nano 8Gb Black
Website: www.walmart.com
Preço: U$ 197,88

Produto: iPod Nano 8Gb Black
Website: WWW.submarino.com.br
Preço: R$699


Câmera digital

Produto: Sony DSLR-A350K
Website: www.walmart.com
Preço: U$899,84

Produto: Sony DSLR-A350K
Website: www.sonystyle.com.br
Preço: R$3199,00

quarta-feira, maio 14, 2008

O dia em que passei num concurso...

Há pouco tempo fui descobrir que o meu problema de vista é caracterizado como deficiência visual. Após algumas consultas na comunidade dos albinos no Orkut, vi que o problema é muito comum entre nós. Eu sempre demorei um pouco mais que as outras pessoas a ler os textos.

Também nesta comunidade, vi o depoimento de um albino que prestou concurso para a vaga de ampla concorrência e teve problemas no exame admissional. Em vista disso, o cara aconselhou a fazer para as vagas de deficiente. Consultei meu oftalmologista e ele confirmou que meu problema de vista é sim uma deficiência.

Resolvi fazer um concurso para a ANP. Consultei a tabela de cargos / vagas e me inscrevi. Durante todos os trâmites do processo, o edital referia-se ao cargo como “Comunicação Social”. Na inscrição, na tabela de vagas, na prova, no gabarito, na folha de respostas e até mesmo no resultado. Sempre “Comunicação Social”.

Fui a Salvador fazer a prova. A prova foi bem legal, fui bem, principalmente nas específicas. Caíram muitas questões de jornalismo. As sobre publicidade apareceram em menor número.

O concurso estava dividido em duas etapas sendo a primeira uma prova objetiva e a segunda uma prova de títulos. Ao término da primeira fase, fui informado de que havia passado para a segunda fase em primeiro para a minha vaga. Como eu não tenho título algum, apenas o de “blogueiro com poucos leitores”, só me restou esperar torcendo para que ninguém passasse minha pontuação, mesmo com títulos. O resultado final sairia no dia 13, terça-feira, mas na sexta-feira da semana passada fui surpreendido ao receber uma ligação do departamento de RH da ANP informando que eu havia sido o primeiro e que minha perícia seria realizada no dia 15 em Salvador. O que o funcionário do RH não sabia, e eu também só fiquei sabendo após fazer a prova, é que o “Comunicação Social” encontrado na tabela de vagas, na inscrição, na prova, na folha de respostas, no gabarito divulgado após a realização das provas, na lista dos títulos aceitos pela CESGRANRIO, no resultado e em outros documentos e formulários do concurso, referia-se à faculdade de COMUNICAÇÃO SOCIAL, mas com habilitação em PUBLICIDADE E PROPAGANDA.

Esta informação estava lá no edital, nos requisitos e eu não reparei. O erro foi meu, eu assumo. Mesmo assim, acho que os documentos não ficaram tão claros já que na maioria dos documentos e formulários foi feita referência ao cargo como “Comunicação Social”. No da PETROBRAS, a referência é bem mais bem explicada, detalhando a faculdade e a habilitação.

Após todo este processo, enviei um e-mail para o RH da ANP sugerindo modificações para os próximos concursos. Só resta saber se vão considerar minhas sugestões.

Mesmo com este sentimento muito bem traduzido pelo meu amigo Toni como frustração, o concurso foi muito proveitoso, me deu ânimo e a certeza de que é possível. Que venham os próximos.

Definitivamente, cansei.

Cansei.

Definitivamente, cansei. Não agüento mais o tão falado Caso Isabella. Já falei aqui o que eu penso sobre o assunto, já falei com amigos, família, namorada, conhecidos e até desconhecidos. Agora eu cansei. Seria melhor a imprensa discutir sobre o destino dos “sanguessugas” presos e libertados, discutir sobre políticas para criação de empregos, sobre saúde, segurança ou quaisquer outros tópicos de interesse coletivo.

Até a coitadinha da menina deve estar se revirando em sua tumba sem agüentar mais esse papo. Qualquer hora dessas vai aparecer um médium para psicografar uma carta dela dizendo algo do tipo:

- Quem me matou foi o meu pai e minha madrasta sim, e daí? O que vocês têm a ver com isso?

Alguma coisa do tipo vai ter que acontecer, ou então essa menina não conseguirá descansar em paz.


II Fórum dos Municípios Petrolíferos de Sergipe

Nos dias 14 e 15 de maio, será realizado no Espaço Emes o II Fórum de Desenvolvimento dos Municípios Petrolíferos de Sergipe. O evento terá início às 8h e contará com a presença de prefeitos, vereadores, secretários municipais, lideranças locais e empresários da área do petróleo.

A princípio, o evento seria realizado em Carmópolis, mas em vista de problemas causados pelas fortes chuvas dos últimos dias, a realização do evento no local ficou impossibilitada.


O dia em que passei num concurso ...

Estou pensando seriamente em tentar pensar em pelo menos algumas coisas para falar nos próximos posts. Assim, essas pendências vão me animar a continuar atualizando este blog. Mesmo sem muitos leitores.

Amanhã eu conto essa historinha...

segunda-feira, maio 05, 2008

A viagem

Na última sexta-feira, precisei ir ao Distrito Industrial de Socorro dar um treinamento. Nunca tinha ido lá, mas até que não tive dificuldades. Peguei um ônibus aqui no terminal da Atalaia e fui bater pras bandas de lá. No caminho eu pude ver uma parte esquecida da cidade, repleta de barracos à beira da estrada. Até a ponte que liga as cidades de Aracaju e Barra dos Coqueiros parece ser mais bonita vista do lado de cá.

Em minhas idas à Barra do Piraí, costumava escutar uma frase que a princípio me fez rir muito, mas com o tempo, passei a levá-la com mais seriedade e respeito. Tenho certeza que se você estivesse em meu lugar, você também iria rir de primeira, mas o tempo e a experiência nos faz enxergar a importância desse aprendizado único.

Estava conversando com amigos em Barra quando um deles disse ter se atrasado e perdido o horário do ônibus que o levaria para a faculdade. Uma grande amiga mandou a seguinte frase:

- Alguém tem que se Fo%&r!!!

Minha primeira reação foi rir, mas com o tempo fui percebendo que isso é uma verdade. A belíssima frase pode ser encaixada em diversas situações do dia-a-dia, inclusive no caso da parte esquecida da cidade. As obras precisam ser feitas, mas, alguém tem que se fo%&r.

O treinamento foi super tranqüilo, a empresa muito bem estruturada, muito organizada. Na volta, fui andando em direção a uma avenida para pegar um ônibus de volta. Um homem passou por mim de bicicleta e aproveitei para perguntar onde pegaria o ônibus para a Atalaia. O cara nem parou para me responder, disse apenas que era ali mesmo. Após ficar a uma distância de aproximadamente 7 metros, o homem falou:

- É melhor você continuar andando e pegar o ônibus mais lá pra frente.
- Por quê?
- Por causa da malandragem.

Daí pra frente, comecei a ficar preocupado. O dia perto de escurecer e eu ali, sentado num ponto de ônibus numa avenida vazia. Após uns vinte minutos, chegou o esperado ônibus. Paguei a passagem, mas permaneci na frente porque geralmente fica mais vazio. Preferi esperar para só passar quando estivesse chegando na Atalaia, fato que só viria a ocorrer uma hora depois.

No banco logo a frente do trocador, estava sentada uma menina com uma camisa que parecia ser de colégio, sentada de lado com os pés balançando enquanto conversava sorridente com o trocador. Conforme íamos chegando perto do centro de Aracaju, o ônibus ia enchendo. Nisso, um homem com uma criança de colo sentou-se ao meu lado. A essas alturas o ônibus estava muito cheio e o calor aumentava devido ao número de pessoas aglomeradas na parte da frente do veículo estava absurdo. Mesmo quando a coisa está ruim, ela sempre tem a possibilidade de piorar, afinal, alguém tem que se fo%&r.

- Puxa, alguém soltou um fedorento aqui, heim? – Disse o rapaz com a criança de colo.
Nisso, respondi com a cara fechada demonstrando insatisfação:
- Pois é, tá fogo!

Inocente, a criança começou a rir, entregando-se ao pai como responsável pela façanha.

Depois disso, o pai ficou sem graça e resolveu dar um biscoito para a criança. Abriu aquele pacote de biscoitos fedorentos, do tipo chee-tos, mas, genéricos. Eu até gosto de chee-tos, cebolitos, fandangos e baconzitos, mas aquele genérico estava me dando nos nervos. Acho que ultimamente a minha tolerância não vai muito bem. Resolvi descer um ponto antes para me ver livre daquele martírio antes do destino final. Além disso, uma pequena caminhada não faz mal nenhum.