quinta-feira, dezembro 25, 2008

Músicas Comentadas II

Continuando o cantinho "Simone", segue mais uma pérola dos canticos natalinos:

Boas Festas
Simone
Composição: Assis Valente

Anoiteceu
O sino gemeu
A gente ficou
Feliz a rezar
Papai Noel
Vê se você tem
A felicidade
Pra você me dar

Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
Bem assim,felicidade
Eu pensei que fosse uma
brincadeira de papel
Já faz tempo que pedi
Mas o meu Papai Noel
não vem

com certeza já morreu
Ou,então felicidade
É brinquedo que não tem

Bem, deixei pra comentar após copiar a letra da música completa. Pra todos aqueles que não concordam comigo, favor ler atentamente a última estrofe... depois disso, acho que nem preciso dizer mais nada.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Natal do terror ...

Músicas comentadas ...

Noite Feliz

Noite feliz, noite feliz
Ó senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
-> Pobrezinho? Poxa, pobrezinho sou eu, ele era filho de Deus.
Eis na lapa Jesus, nosso bem -> Na Lapa? O que ele foi fazer lá?
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus
-> Esse dorme em paz me lembra o “descanse em paz”, uma afirmação meio mórbida pra uma criança. Acho que ficaria melhor uma música que falasse sobre coisas normais que qualquer criança faz, como brincar, rir, falar a primeira palavra e qualquer atitude normal de criança. É dado um ar tão sério que as vezes me vem a idéia de que Jesus era pregador desde nenem, como se as pessoas só fossem dormir após a benção do bebê. Muito doido isso.

Noite feliz, noite feliz
Ó Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar
Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, seus anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus salvador
De Jesus salvador
-> Pelo amor de deus, uma música mais alegrinha por favor.


Então, é natal
Composição: Versão: Cláudio Rabello


Então é Natal, e o que você fez? -> O que você tem a ver com isso, Simone?
O ano termina, e nasce outra vez. -> Claro, lógico e evidente. O problema é que você compara o passar de um ano com a vida, então, no caso, esse período de fim do ano, mais precisamente o natal, seria o equivalente aos dias finais de vida, ou seja, a morte.
Então é Natal, a festa Cristã. -> É mesmo? Nem parece, com uma música triste dessas.
Do velho e do novo, do amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
-> Canta de um jeito mais alegre, vai passar a mensagem de uma forma mais produtiva.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem. -> E as crianças recem nascidas que ainda não sabem oq é bem ou mal? E os animais? Que sejam infelizes??
Então é Natal, pro enfermo e pro são.
Pro rico e pro pobre, num só coração.
-> Incentivando os pobres a acharem que podem gastar seu dinheiro com presentes e comidas caras uma vez no ano.
Então bom Natal, pro branco e pro negro.
Amarelo e vermelho, pra paz afinal.
-> Amarelo e vermelho são cores que mexem com o nosso cérebro incentivando a comer, veja o logo do Mc Donalds por exemplo. A cor da paz não é a branca? Das pombas e tal?

Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.
-> Coitados daqueles que ainda não sabem ...
Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez.
E Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, o amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.


Harehama, Há quem ama. -> Fala em portugues, cacete !!!
Harehama, ha...Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...
-> O que essa mulher quer colocando tragédias em músicas feitas para comemorar o nascimento de Jesus? Tenha um pouco de bom senso, pelamordedeus.
É Natal, É Natal, É Natal.

Noite feliz? Que nada, um pesadelo ...

Noite Feliz nada, o Natal parece mais um pesadelo, e olha que a data foi instituída para comemorar o nascimento de Jesus, nem parece. A Páscoa é bem mais alegre que o Natal. Às vezes eu fico passeando pelo shopping e reparo na tristeza das músicas natalinas. Talvez essa morbidez tenha um propósito, tocar os corações daqueles que passaram o ano todo fazendo besteiras e levá-los a ver a festa como “última chance” do ano para provar que existe um pouco de bondade em suas atitudes. Com isso, as pessoas se convencem de que fazendo um pequeno sacrifício no Natal, elas estarão perdoadas de todos os erros do ano. É uma injeção de satisfação na consciência. Na verdade, o que ocorre é uma espécie de trato de fingimento onde de um lado, indiretamente, a sociedade demonstra perdoar todos os erros cometidos durante o ano todo desde que a pessoa se comprometa a fazer algo que preste no Natal. É um acordo mútuo e inconsciente.

Já pararam para reparar no quanto as músicas de Natal são tristes? A Noite Feliz, de feliz não tem nada. E o que dizer de “Então, é Natal”? É uma das músicas mais tristes que já ouvi em toda a minha vida, não só pelo ritmo, mas pela audácia da letra que inclui as tragédias de Hiroshima e Nagazaki. E olha que é uma data comemorativa do nascimento de Jesus. Já pensou como seriam as músicas sobre a morte do coitado? Onde já se viu, tocar os corações para torná-los mais suscetíveis à manipulação de propagandas, mais suscetíveis a gastar seu dinheiro sem arrependimento, afinal, é Natal, e o que você fez?

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Igreja x uso de preservativos

Acho que todos conhecem a posição da igreja católica em relação ao uso da camisinha. Eu já sei que a igreja é contra há muito tempo, mas há pouco tempo atrás, ouvi pela primeira vez uma referência direta ao assunto, proferida por um padre. O padre condenou o uso da camisinha, e, não satisfeito, fez declarações de repúdio às campanhas do governo que incentivam e distribuem a camisinha nos postos de saúde. Segundo ele, isso é um incentivo à promiscuidade.

Ao ouvir esse sermão, eu me lembrei de uma história de vida, uma história real. Dona Maria era casada, já tinha filhos maiores de idade quando seu casamento acabou. Dona Maria ficou muito chateada com a separação, afinal, amava o marido. O problema é que os dois já não se entendiam bem, e isso levou à separação.

Um bom tempo depois, dona Maria conheceu João, um homem que conseguiu suprir todas as suas carências do momento, conseguiu dar-lhe a segurança que precisava para seguir em frente, deu-lhe a segurança de que não iria terminar seus dias sozinha.

Como qualquer casal normal, dona Maria e sei João mantinham relações sexuais. O problema é que o seu João foi desonesto ao não informar Maria que era soropositivo. Na verdade, para expressar minha opinião eu serei obrigado a perder a compostura e dizer que o seu João foi um grande de um fdp que tirou da dona Maria o prazer de uma vida normal.

Voltando ao sermão proferido pelo padre, não concordo em ponto algum com a opinião da igreja. A promiscuidade não é generalizada. Não acho que a dona Maria seja uma pessoa promíscua, de forma alguma. Pelo contrário, ela foi uma pessoa enganada por alguém que usou de muita má fé para transformar a sua vida em um verdadeiro inferno.

O Governo está agindo corretamente incentivando o uso dos preservativos. O objetivo do governo é resolver o problema, e não impor uma mudança cultural. Analisar este conflito é como analisar a campanha “Fome Zero”. Muito foi falado sobre “não devemos dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar”. Eu até concordo com o pensamento, mas se você se restringe a apenas ensinar um faminto a pescar, é bem capaz de ele morrer de fome antes de o peixe morder o anzol. É necessário ensinar a pescar sim, mas só isso não adianta, tem que conter o problema da fome, assim como é necessário conter o problema da AIDS. Deste modo, se o governo ficar apenas fazendo campanhas de “Não a promiscuidade” o número de infectados vai quadruplicar em pouquíssimo tempo.

O papel do governo é esse, conter o avanço da doença. Já a questão da promiscuidade eu deixo a cargo da própria igreja. O Governo, felizmente, está fazendo a sua parte da maneira correta, e com resultados comprovados. E a igreja? Está fazendo a sua parte?

Às vezes é necessário darmos um passo pra trás para darmos 20 pra frente em seguida. Infelizmente, a igreja mantém uma posição retrógrada e irredutível quanto a isso.