Acho que todos conhecem a posição da igreja católica em relação ao uso da camisinha. Eu já sei que a igreja é contra há muito tempo, mas há pouco tempo atrás, ouvi pela primeira vez uma referência direta ao assunto, proferida por um padre. O padre condenou o uso da camisinha, e, não satisfeito, fez declarações de repúdio às campanhas do governo que incentivam e distribuem a camisinha nos postos de saúde. Segundo ele, isso é um incentivo à promiscuidade.
Ao ouvir esse sermão, eu me lembrei de uma história de vida, uma história real. Dona Maria era casada, já tinha filhos maiores de idade quando seu casamento acabou. Dona Maria ficou muito chateada com a separação, afinal, amava o marido. O problema é que os dois já não se entendiam bem, e isso levou à separação.
Um bom tempo depois, dona Maria conheceu João, um homem que conseguiu suprir todas as suas carências do momento, conseguiu dar-lhe a segurança que precisava para seguir em frente, deu-lhe a segurança de que não iria terminar seus dias sozinha.
Como qualquer casal normal, dona Maria e sei João mantinham relações sexuais. O problema é que o seu João foi desonesto ao não informar Maria que era soropositivo. Na verdade, para expressar minha opinião eu serei obrigado a perder a compostura e dizer que o seu João foi um grande de um fdp que tirou da dona Maria o prazer de uma vida normal.
Voltando ao sermão proferido pelo padre, não concordo em ponto algum com a opinião da igreja. A promiscuidade não é generalizada. Não acho que a dona Maria seja uma pessoa promíscua, de forma alguma. Pelo contrário, ela foi uma pessoa enganada por alguém que usou de muita má fé para transformar a sua vida em um verdadeiro inferno.
O Governo está agindo corretamente incentivando o uso dos preservativos. O objetivo do governo é resolver o problema, e não impor uma mudança cultural. Analisar este conflito é como analisar a campanha “Fome Zero”. Muito foi falado sobre “não devemos dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar”. Eu até concordo com o pensamento, mas se você se restringe a apenas ensinar um faminto a pescar, é bem capaz de ele morrer de fome antes de o peixe morder o anzol. É necessário ensinar a pescar sim, mas só isso não adianta, tem que conter o problema da fome, assim como é necessário conter o problema da AIDS. Deste modo, se o governo ficar apenas fazendo campanhas de “Não a promiscuidade” o número de infectados vai quadruplicar em pouquíssimo tempo.
O papel do governo é esse, conter o avanço da doença. Já a questão da promiscuidade eu deixo a cargo da própria igreja. O Governo, felizmente, está fazendo a sua parte da maneira correta, e com resultados comprovados. E a igreja? Está fazendo a sua parte?
Às vezes é necessário darmos um passo pra trás para darmos 20 pra frente em seguida. Infelizmente, a igreja mantém uma posição retrógrada e irredutível quanto a isso.
2 comentários:
Aleksey, tava com saudade desses seus textos, já!
Beeeeeeeeijo
Use camisinha, só isso! xD
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