Nesse fim de semana, além de assistir aos primeiros episódios de House, tive a grande satisfação de assistir a dois filmes. O primeiro foi Bastardos e Inglórios, o mais novo sucesso do Tarantino. O segundo, Salve Geral, a aposta brasileira para o Oscar. Gostei muito dos dois, mas confesso que esperava mais do Salve. Pra organizar os comentários, primeiro vou falar dos Bastardos.
O filme é simplesmente sensacional. Tarantino dá um bicudo na história e assume a perversidade, a crueldade e a sede de vingança existente nos humanos. No mesmo dia em que assisti ao filme, aconteceu uma coisa que retrata fielmente o sentimento que o filme passou pra mim.
Era noite e eu precisava fazer algumas compras pra casa. Fui a um supermercado Pão de Açúcar e, enquanto fazia as compras, um funcionário me informou que o supermercado possui serviço de entregas gratuito que funciona até as 20h. Fui para a fila, mas quando chegou a minha vez, o caixa me disse que já eram 20:08 e o serviço não estava mais disponível aquele dia, já havia passado da hora. Confesso que nesse momento, a raiva me subiu à cabeça e comecei a imaginar coisas do tipo deixar o caixa contabilizar tudo para então ir embora e dizer que desisti das compras. O ser humano é assim. Alguns segundos depois a gente se acalma e entende que aquilo é um procedimento que precisa ser seguido, o caixa não tem culpa e existem motivos fortes para deixarem o serviço disponível só até as 20h.
Esse pensamento maldoso e primitivo, livre de quaisquer filtros existentes na sociedade, essa vontade de se vingar na hora de situações de raiva foi o que inspirou Tarantino.
Fico me perguntando se filmes como esse não serviriam como remédio para amenizar essa sede de vingança. Seguindo esse tratamento Tarantínico da vingança, talvez seja um anestésico para a nossa insatisfação com a política um filme em que a sociedade, ou parte dela se vinga de todas as atitudes corruptas desses homens que comandam a política no Brasil. Um filme onde, ao contrário da realidade, eles sofrem na mão do povo, eles precisam ir a hospitais públicos enquanto o povo viaja para cima e para baixo de avião. Ou então um filme onde a sociedade se vinga da ditadura militar.
Como já diria o mais novo "poeta" do Brasil, Zina: "Por que não?"
terça-feira, outubro 13, 2009
quarta-feira, outubro 07, 2009
Sim, nós podemos!
Agora há pouco, estava lendo o Emsergipe.com e encontrei uma notinha inusitada sobre a opinião dos sergipanos em relação à realização das olimpíadas no Rio. Em enquete realizada pelo portal sergipano, 70% dos votantes não acredita no sucesso da cidade maravilhosa em receber os jogos em 2016.
Não concordo com o pensamento da maioria dos sergipanos, e, ao mesmo tempo, entendo o que as constantes matérias negativas publicadas na imprensa do país deixam os brasileiros com medo do Rio. No dia 28 de junho deste ano, eu vim morar na cidade maravilhosa. Os primeiros dias foram tensos. Eu tinha medo de sair de casa. Um lugar muito especial marcou o meu processo de adaptação no Rio de Janeiro. Por mais estranho que possa parecer, eu me senti seguro dentro do Maracanã, e vou além. Sinto-me mais seguro indo ao Maracá do que indo a um clássico no Batistão.
Sim, o Rio tem muitos problemas, mas o dia-a-dia do Carioca não é essa guerra que a imprensa divulga.
Não concordo com o pensamento da maioria dos sergipanos, e, ao mesmo tempo, entendo o que as constantes matérias negativas publicadas na imprensa do país deixam os brasileiros com medo do Rio. No dia 28 de junho deste ano, eu vim morar na cidade maravilhosa. Os primeiros dias foram tensos. Eu tinha medo de sair de casa. Um lugar muito especial marcou o meu processo de adaptação no Rio de Janeiro. Por mais estranho que possa parecer, eu me senti seguro dentro do Maracanã, e vou além. Sinto-me mais seguro indo ao Maracá do que indo a um clássico no Batistão.
Sim, o Rio tem muitos problemas, mas o dia-a-dia do Carioca não é essa guerra que a imprensa divulga.
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