Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que a segurança pública tem sido o tema mais discutido no momento. Não dá pra negar a forte influência exercida pelo filme Tropa de Elite. É impressionante, mas até hoje, não conheci uma única pessoa que não tivesse gostado do filme.
O primeiro passo foi dado, o documentarista botou o dedo na ferida, agora, faz parte do papel da sociedade discutir e resolver o problema.
Felizmente, já tive a oportunidade de ler algumas obras sobre o assunto.
- Rota 66
- Abusado
- Meu Casaco de General
- Segurança tem saída
- Cabeça de porco
- Elite da tropa
- CV_PCC – A irmandade do crime
- Falcão – Meninos do tráfico
- O quinto mandamento
- PCC – O sindicato do crime
Além dos documentários
- Ônibus 174
- Notícias de uma guerra particular
- Falcão – Meninos do tráfico
O que eu tiro disso tudo é que a sociedade se transformou em fantoche do poder público. Digo isso porque a polícia ainda acredita que apenas subindo morro e matando bandido o problema da segurança vai ser resolvido ou mesmo amenizado. Pra mim, nada disso é verdadeiro. A polícia pode ter os melhores salários e os melhores equipamentos, mas se o governo não agir em paralelo com ações educacionais, profissionalizantes e de criação de emprego, o problema da segurança pública irá persistir por um bom tempo.
Eu vejo uma forte ligação entre o desemprego, a falta de educação, a falta de tratamento digno, o elevado custo com impostos e a violência, a criminalidade.
Está tudo na cara de todo mundo, basta olhar. Pra falar a verdade, nem é necessário olhar. Eu mesmo, admito que nunca olhei, mas tenho certeza que se o governo for fazer uma pesquisa, a maioria dos atos de violência é praticado por pessoas desempregadas e/ou de baixa renda.
Mesmo sem olhar, acredito também, que a ocorrência de atos de violência e morte, em sua maioria, deve ser em meio a tentativas de criminosos de obter dinheiro de alguma forma. A maioria dos casos de violência, acredito eu, é em conseqüência dessas tentativas.
Pra mim, o governo deveria investir em ações casadas, com criação de emprego e educação. É difícil para uma criança ter a educação e ao mesmo tempo ajudar no sustento da família. Eu digo isso e aparece um monte de idiotas dizendo “Ah, mas eu estudei e trabalhei desde muito jovem, vendi bala, fiz isso, fiz aquilo”. Infelizmente, os tempos são outros. Essas classes dificilmente possuem alguma perspectiva de crescimento e desenvolvimento na vida. Alguém já parou pra fazer uma pesquisa pra descobrir quantas empregadas domésticas possuem seu próprio computador com acesso à internet? Alguém já se perguntou quantas empregadas domésticas, quantos pedreiros, quantos lixeiros possuem carro ou casa própria? Por que é que não fazem esse tipo de pesquisa? Eu nunca vi nada desse tipo ser divulgado. Só existe a preocupação em divulgar que a cesta básica abaixou 6% ou no máximo 8% aqui ou ali. De que adianta isso? Precisamos de melhorias verdadeiras, e não esses anestésicos inúteis.
Mas é isso aí, vamos pra frente. Agora vou aqui tomar um suquinho de abacaxi. E por falar em abacaxi, que abacaxi que o meu Mengão jogou nas mãos do Vasco, né? Hehehe E dá-lhe Mengo!
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